Vários atletas elogiaram a atmosfera especial criada por milhares de fãs na Olimpíada deste ano, mas poucos locais competem com a La Défense Arena em Paris, que sediou as provas de natação.
Katie Ledecky ajudou a criar alguns desses momentos mágicos com suas performances brilhantes na piscina, onde conquistou quatro medalhas — duas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Seu sucesso também fez dela a atleta olímpica feminina dos EUA mais condecorada de todos os tempos.
Falando à CNN, Ledecky disse que a atmosfera em Paris foi ainda mais impressionante considerando a falta de público em Tóquio há três anos devido às restrições da Covid-19.
“A energia aqui em Paris tem sido incrível,” disse ela. “É ótimo ter a família e os amigos de volta às Olimpíadas depois de não poderem estar em Tóquio. Tem sido um ótimo ambiente, uma ótima atmosfera. É muito especial compartilhar os momentos após a competição com todos eles, poder celebrar e aproveitar um pouco de Paris”.
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Estar com sua família permitiu a Ledecky relembrar todos os sacrifícios que seus pais fizeram durante seu crescimento para tornar seus sonhos na natação uma realidade.
A americana recordeu principalmente aqueles primeiros anos quando seus pais acordavam de madrugada para levá-la aos treinos.
“Tínhamos treinos de manhã cedo quando eu estava no ensino fundamental e no ensino médio. Alguns desses treinos começavam às 4h45 da manhã. Meus pais acordavam às 4h, me faziam um café da manhã rápido, me levavam à piscina e definitivamente sacrificavam algumas horas de sono”, contou ela à CNN.
“Eles sempre apoiaram tudo isso, nunca foi um sacrifício para eles, estavam apenas me apoiando e apoiando meus objetivos.”
Ledecky vem de uma família de grandes realizações. Seu pai, David, é um advogado formado em Harvard; sua mãe, Mary Gen, foi nadadora universitária. Seu tio, Jon, é coproprietário do New York Islanders da NHL, e seu irmão também se formou em Harvard.
Esse formação, somada às suas experiências em Stanford, ajudou a impulsioná-la aos patamares que ela alcançou. A americana estudou psicologia na famosa universidade e contou à CNN que a experiência a ajudou a se destacar na piscina, assim como na vida cotidiana.
“Todos os dias em Stanford, eu me inspirava no trabalho que os professores estavam fazendo, nos meus colegas, todos ali estavam buscando a excelência todos os dias”, disse.
“Eu encontrava isso na minha equipe de natação, encontrava isso no meu dormitório, em todos os lugares onde estava, então tentei levar isso além de Stanford e apenas tentar estar ao redor de grandes pessoas todos os dias”.
Não é preciso dizer que Ledecky se destacou na equipe de natação de Stanford, onde ganhou oito títulos da NCAA e estabeleceu impressionantes 15 recordes da NCAA.
Stanford, naturalmente, também não esqueceu de Ledecky. A famosa “Árvore de Stanford” – o mascote da universidade – estava em Paris e posou para uma foto com a lendária nadadora.
O que o futuro reserva
Ledecky tem apenas 27 anos e muitos anos de competições pela frente. Mas, inevitavelmente, seu reinado de dominância terá que terminar um dia. A nadadora americana, no entanto, disse à CNN que quer continuar envolvida no esporte por mais tempo possível, mesmo após se aposentar.
“Eu simplesmente amo a piscina, amo a água, amo dizer às pessoas como nosso esporte é maravilhoso. Colocar as pessoas na piscina para aprender a nadar é muito importante para mim”, disse ela.
Considerando que ela é uma das maiores nadadoras da história — sem mencionar a atleta olímpica feminina dos EUA mais condecorada de todos os tempos — poucos estariam em uma melhor situação para assumir um papel de treinadora na equipe dos Estados Unidos.
No entanto, tendo visto os sacrifícios que sua própria equipe fez para ajudá-la a alcançar seus sonhos, ela não tem certeza se uma carreira como treinadora é para ela. Embora não tenha descartado totalmente a ideia.
“Sempre estarei ligada à natação de alguma forma,” Ledecky acrescentou à CNN.
“Tenho muito respeito pelos meus treinadores e pelo tempo, pelas horas e pelo trabalho árduo que eles colocam. Então, não sei se posso fazer o que eles fazem, eles são ótimos”.
(Com informações de Aimee Lewis, da CNN)
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Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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