A recente gestão da prefeita Giselda Carvalho, recém-empossada em Sento Sé, tem gerado polêmica devido à nomeação de parentes para cargos estratégicos na administração municipal. Em seus primeiros dias à frente da prefeitura, Giselda anunciou o irmão, Girley Santos, como secretário de Finanças, e o esposo, Jailson Nascimento, como secretário de Saúde.
As nomeações têm gerado críticas de parte da população, que acusam a prefeita de prática de nepotismo, a nomeação de familiares para cargos públicos, um tema sensível que frequentemente levanta questionamentos sobre ética e legalidade na gestão pública.
O nepotismo é amplamente debatido no Brasil, sendo vedado em diversos casos pela Constituição Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Súmula Vinculante nº 13, que proíbe a contratação de parentes de autoridades públicas para cargos de confiança. A prática é vista como prejudicial à administração pública, pois pode priorizar interesses familiares em detrimento da meritocracia e da eficiência na gestão.
Nas ruas e nas redes sociais, a nomeação foi alvo de manifestações divididas. Alguns apoiadores da prefeita defendem que os indicados têm condições de contribuir para o desenvolvimento do município, enquanto críticos apontam a nomeação como um exemplo de práticas ultrapassadas na política local. “Quem já se viu iniciar uma gestão com anúncios que podem comprometer as leis, o caso tem que ser levado ao Ministério Público para análise de possíveis violações às leis de improbidade administrativa”, disse a moradora Janete Ribeiro.
Especialistas em direito administrativo alertam que, caso sejam confirmadas violações às normas que regem o nepotismo, a prefeita Giselda Carvalho pode enfrentar processos judiciais e sanções que incluem desde multas até a anulação das nomeações. O episódio marca um início turbulento para a gestão de Giselda Carvalho, que prometeu durante a campanha eleitoral uma administração pautada pela transparência e pelo compromisso com a ética. Com a cidade atenta aos desdobramentos, o caso pode se tornar um divisor de águas na política local, com impactos tanto para a gestão quanto para a prefeita.
Procuramos a Assessoria de imprensa uma nota sobre este assunto, mas não obtivemos respostas.
