Deputado estadual Roberto Carlos (PV) condenado por esquema de rachadinha
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou o deputado estadual Roberto Carlos (PV) a seis anos, cinco meses e quinze dias de prisão em regime inicial semiaberto. A condenação ocorreu por conta de um esquema de rachadinha no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) entre 2008 e 2010.
De acordo com a denúncia, Roberto Carlos teria se apropriado de verbas públicas ao incluir familiares como assessores fantasmas em seu gabinete. A lista incluía sua companheira e sogra, que receberam depósitos de R$ 140 mil e R$ 91 mil, respectivamente, por conta não identificada. Além disso, o parlamentar movimentou R$ 203.508,85 em sua conta, valor considerado incompatível com sua renda declarada.
O Ministério Público da Bahia (MPBA) recorreu da decisão, solicitando a cassação do mandato de Roberto Carlos e o bloqueio de R$ 1,3 milhão em bens do parlamentar. Já o deputado contestou a sentença, alegando divergências sobre a pena aplicada.
A decisão repercutiu no cenário político baiano, chamando a atenção para práticas de corrupção na administração pública. O caso pode influenciar a permanência de Roberto Carlos na política, caso o recurso do MPBA seja acolhido.
O deputado disse que irá recorrer da decisão.
O deputado estadual Roberto Carlos manifestou respeito pela decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, mas destacou que ela não reflete sua postura ética e compromisso com a população. Ele alega que a decisão foi tomada sem provas concretas e que houve divergência nas penas propostas, com o voto do relator prevalecendo por apenas um voto. Roberto Carlos confia na justiça e continuará defendendo sua honra e história pública.