Em nota, governo paraguaio afirma que a incorporação da Venezuela ao bloco regional é uma violação do Tratado de Assunção e, portanto, “absolutamente nula”.
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai afirmou nesta terça-feira (31/07) que a entrada da Venezuela no Mercosul, anunciada pelos outros três membros do bloco durante um encontro extraordinário em Brasília, é ilegal e “absolutamente nula”.
Em comunicado, o Paraguai adiantou que sustentará em todas as instâncias que a incorporação da Venezuela no Mercosul é “um atropelo inaceitável a toda a institucionalidade e à legislação expressa e vigente no bloco regional”.
O governo do presidente Federico Franco afirmou ainda que, “sem a presença e a aprovação” do Paraguai, a entrada da Venezuela no bloco é “uma grosseira violação ao Tratado de Assunção”, assinado pelos países fundadores do Mercosul.
Esta é a primeira vez que o Mercosul aprova a entrada de um novo membro desde a sua criação, em 1991. O anúncio foi feito em Brasília pela presidente Dilma Rousseff e pelos presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Uruguai, José Pepe Mujica, e da Venezuela, Hugo Chávez.
O Paraguai está suspenso do bloco desde o dia 22 de junho devido ao processo de impugnação do ex-presidente Fernando Lugo, não apoiado pelos outros países do Mercosul. O Parlamento paraguaio foi o único que não ratificou a entrada da Venezuela no bloco.