Marcelino Galo cobra explicação a Chesf sobre descarte de árvores no rio São Francisco

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O  coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), cobrou nesta quarta-feira (5), através de ofício encaminhado à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), explicações sobre a denúncia de pescadores de Sobradinho de que terceirizados da estatal estariam cortando árvores às margens do rio e jogando no São Francisco. O parlamentar petista chegou a registrar imagens de árvores lançadas em partes do leito navegável do manancial, quando esteve semana passada em visita ao Sertão e Vale do São Francisco para prestar contas do trabalho parlamentar em 2013 na Assembleia Legislativa.

De acordo com Marcelino, além de ser considerada crime ambiental, a ação põe em risco a vida de aproximadamente 1.600 pescadores da região que saem à noite para pescar no Lago do Sobradinho. Galo também protocolou requerimento denunciando a situação ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia responsável pela política de Proteção à Biodiversidade e aos Recursos Hídricos no Estado.

“O que queremos, a partir da denúncia feita pelos pescadores e pelo que pude constar no local, é a apuração dos fatos e a identificação dos responsáveis, já que canoas podem se chocar à noite contra o material que foi lançado no rio, e pôr em risco a vida desses trabalhadores. Aliás, importantes espécies da caatinga e sertão nordestino, como a Baraúna, Juazeiro e Ingazeira, foram mortas e lançadas no São Francisco. É preciso, portanto, uma explicação sobre o que aconteceu, a companhia também precisa fazer a remoção dos galhos e restos de árvores lançados ao rio para evitar acidentes com vítimas no local”, alertou Marcelino Galo, ao lembrar que o Rio São Francisco é a principal fonte de sustento da maioria das famílias da região norte do Estado. “No Lago do Sobradinho atuam pescadores de diversas localidades, como Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Remanso, Sento Sé e Santa Maria da Boa Vista”, destacou.

De acordo com os pescadores, as árvores nas margens do canal que dá acesso a hidroelétrica foram cortadas porque supostamente impediam a visão dos mestres de rebocador. “Isso não é justificativa para o desmatamento. É preciso ter mais respeito à natureza e aos trabalhadores”, pontuou o petista, que também ocupa a vice-presidência da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa.

Fotos Dep. Marcelino Galo / divulgação.

Assessoria de Imprensa

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