Presente na solenidade de abertura do 7° Salão Imobiliário da Bahia nesta quarta-feira (26), o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, fez um discurso em que destacou a participação da prefeitura e da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) no que chamou de “quebra de paradigma” quanto ao uso da Orla para empreendimentos imobiliários. Segundo o gestor, antes o espaço era lugar de prédio abandonados, borracharias e de edifícios em estado precário, entre outras mazelas. JH disse que a cidade evoluiu com a aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) aprovado em 2008, mesmo com pressão de setores da sociedade. “Falavam que queríamos ‘copacabanizar’ a Orla de Salvador. Aprovamos o plano dentro de uma verdadeira chuva de canivetes”, declarou. Ele ainda fez menção ao que chamou de “órgãos de controle” que, conforme o próprio, fizeram e fazem oposição ao PDDU e à Lei do Uso e da Ocupação do Solo (Louos), suspensa pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Segundo ele, com a anulação da Louos a cidade deixou de gerar cerca de 80 mil postos de trabalho, o que faz crescer a informalidade no município. Depois de apresentar o programa viário Linha Viva, que terá 17 km e pretende desafogar o trânsito na Avenida Paralela e adjacências, o administrador disse que para aprovar benefícios para a cidade precisou comprar brigas “desde ao maior jornal à menor rádio da cidade”. JH concluiu a fala com um pedido de reflexão sobre sua passagem no Palácio Thomé de Souza, ao dizer que sua gestão tirou Salvador do ranking negativo de ser a capital brasileira do desemprego.
BN