O presente momento em que estamos vivendo em nosso país, nos leva a todo instante à reflexão sobre as teorias, práticas e paradigmas de se fazer política. Vemos uma política em situação degradante, onde a corrupção é, infelizmente, parte inerente do meio político. Discorrendo sobre esse emaranhado discurso de corrupção, não é em vão colocar no rol da prática corruptiva todos aqueles que ajudam construir essa prática destrutiva e viciosa.
Á medida em que a sociedade se depara com esses problemas que dia após dia é desvendado no cenário politico brasileiro, há de se perguntar quem serão os responsáveis diretos e indiretos por estas práticas malignas?
No entanto, sabe-se que quem pratica tais atos é o principal culpado, e muitas vezes, este não o faz sozinho, uma vez que o político inicia sua formação dentro da própria sociedade ou comunidade. E é a própria sociedade que o forma.
É importante salientar ao caro leitor, que a educação perpassa os muros escolares. Todos são responsáveis na formação do cidadão, seja na igreja, na praça, no teatro, no cinema, na rua, e na família.
Em nosso país, é notório que o político é posto ao poder através do voto direto e democrático do povo. Dessa forma, a corrupção é praticada pelo próprio eleitor que vende seu voto por coisas irrisórias: tijolos, saco de cimento etc., vendendo o seu direito de cobrar por qualidade de vida e o bem comum, tornando-se assim, um ciclo vicioso.
Segundo um grande filósofo e teórico político, Jean-Jacques Rousseau, “o homem é bom por natureza, à sociedade que o corrompe”. Diante desse pressuposto quero enfatizar que não tenho nenhuma pretensão de defender políticos corruptos ou mesmo de culpar a sociedade por tais práticas. Porém, indigno de alguns eleitores que buscam obter favores, “somente para si”, sem pensar no coletivo, no bem da sociedade em que está inserido. São pessoas que tem contribuem, mesmo que de forma passiva, na formação de uma sociedade corrupta e sem valores morais e sociais.
Todavia, a sociedade aos poucos tentar conter essa onda corruptível no país, criando leis que punem severamente políticos que cometem tais atos, a exemplo da Lei da Ficha Limpa que se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. Espera-se que tal lei seja realmente cumprida, concomitantemente, que os eleitores, também, conscientizem sobre o seu papel de agente na construção de uma sociedade igualitária e mais justa e não se veja somente como um ser passivo que elege seus representantes sem exigir os seus direitos, haja vista que a política ultrapassa as decisões parlamentares e envolve de certa forma a vida de todo brasileiro.
Autor:
RAFAEL NASCIMENTO DOS SANTOS
24 ANOS
RESIDENTE: CASA NOVA BAHIA
CURRICULUM:
LICENCIADO EM LETRAS PORTUGUÊS
ESTUDANTE DO 8º PERIODO DE LICENCIATURA EM HISTORIA NA UPE
EX-ASSESSOR PARLAMENTAR DO VEREADOR CARLOS GOMES SILVA
PERÍODO DE JAN. 2009 A DEZ. 2012.
