Ex-supervisor da Seleção Brasileira, Américo Faria deve voltar a trabalhar ao lado de Luiz Felipe Scolari e de Carlos Alberto Parreira na comissão técnica. Faria não confirma o convite, mas demostra toda sua disposição em retornar à que considera sua casa.
“Não tenho problema nenhum em deixar o que estou fazendo e reassumir meu trabalho na CBF quando for preciso. Vamos ver o que acontece e se o convite chega”, disse, pouco antes de sua palestra na Soccerex sobre o relacionamento entre entidades e a mídia.
Atualmente ligado ao Boavista, clube da primeira divisão do futebol carioca, Américo Faria respondeu à primeira pergunta a ser feita nessa fase de mudanças, se há tempo hábil. “Claro que sim, ainda mais com a experiência de dois profissionais campeões do mundo e pela base que tem a seleção” afirmou.
Faria lembra que o período mais curto de uma troca de técnico na seleção foi em 70, quando Zagallo assumiu a pouco mais de três meses da Copa e conquistou o tri. “Às vezes se julga um trabalho de um técnico apenas pelos títulos, mas se no lugar do Felipão viesse alguém com talento, não veria problemas” disse. Faria defende ainda um grande suporte por trás do treinador. “A pressão é muito grande e é preciso ter muita retaguarda.”
Para o dirigente, o grande problema que vai enfrentar o Brasil de cara a 2014 é a exposicão, que vai precisar ter um controle rígido. “Onde a Seleção vai é uma festa. A seleção faz parte da festa sim, mas não pode entrar na comemoração antes do tempo” afirmou.
Américo Faria chegou à CBF pelas mãos de Ricardo Teixeira em 1990 e caiu junto com toda a comissão técnica após a eliminação da seleção na Copa do Mundo da África do Sul 2010, diante da Holanda. A volta dele pode significar a saída do diretor de comunicações Rodrigo Paiva, de quem se tornou desafeto após a queda de Dunga.
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