Desde fevereiro do ano passado que a população rural do município de Sento-Sé, a 689 km de Salvador, vive em situação de emergência por causa da seca. Há quase um ano sem chover com regularidade na região, os sertanejos agonizam a falta de água. Em algumas comunidades água só do carro pipa que percorre até 150 km para fazer o abastecimento humano.
Com o nível dos lençóis freáticos baixos, os poços artesianos já estão comprometidos e podem secar de vez. O cenário é praticamente de deserto. Os açudes estão secos há vários meses e os animais procuram alimento em vão. Os moradores começam a acreditar que a chuva não virá com a mesma intensidade para suprir a escassez e já falam em abandonar a terra para buscar abrigo na cidade grande.
Para piorar ainda mais a situação, as comunidades ribeirinhas enfrentam a maior falta de água dos últimos doze anos. Com a vazão do lago de Sobradinho que atingiu 26% de sua capacidade, o rio São Francisco se distanciou até 18 km de alguns povoados, dificultando a captação e o bombeamento, como é o caso do distrito de Piçarrão.
Segundo a (COMDEC) Comissão Municipal de Defesa Civil, doze carros pipas atendem as mais diversas regiões, mas reconhece que a oferta de água está bem abaixo da demanda. O ideal seriam cinquenta pipas para atender a população e minimizar o sofrimento. Por conta do agravamento, o prefeito Ednaldo Barros busca agendar uma audiência com o governador Jaques Wagner, para tratar com mais preocupação da problemática da seca.
| Ascom Sento-Sé |
