A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu na manhã desta terça-feira sete ex-prefeitos de municípios do estado em um desdobramento da Operação Derrama, deflagrada em 27 de dezembro. As prisões foram ordenadas pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES). De acordo com o Tribunal de Justiça do estado (TJ-ES), foi revelado um esquema de corrupção nas cidades de Guarapari, Linhares, Aracruz, Anchieta e Marataízes.
Inicialmente, pela manhã, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou que oito ex-prefeitos foram presos na operação policial. Mais tarde, entretanto, o Tribunal de Justiça capixaba retificou a informação e divulgou que sete ex-prefeitos foram detidos.
Em dezembro, onze pessoas foram presas, entre as quais oito funcionários da prefeitura de Aracruz, onde os desvios dos cofres públicos somam 13 milhões de reais entre 2007 e 2012. Também foram detidos Romário Martins de Oliveira, funcionário do Tribunal de Contas, um auditor fiscal da prefeitura de Vitória, além dos sócios da companhia privada CMS Assessoria e Consultoria Ltda, Cláudio Mucio e seu filho Cláudio Mucio Filho.
As investigações apontam a empresa como o centro do esquema criminoso. Os sócios contavam com o apoio de prefeitos, procuradores municipais e secretários municipais, que, em troca do pagamento de propina, fraudavam licitações para a contratação da CMS em obras públicas.
Com a apreensão de documentos importantes na primeira etapa da Operação Derrama, descobriu-se que a extensão dos crimes articulados pela companhia era maior do que se havia investigado. Diante dos novos fatos, a Justiça do Espírito Santo decretou a prisão de sete ex-prefeitos.
O Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nurocc), da Polícia Civil, executou a ordem de prisão temporária, por cinco dias, na manhã desta terça. Entre os detidos estão os ex-prefeitos Moacyr Carone Assad (da cidade de Anchieta), Guerino Luiz Zanon (de Linhares), Edson Figueiredo Magalhães (de Guarapari), Ananias Francisco Vieira (de Marataízes), Ademar Coutinho Devens e Luiz Carlos Cacá Gonçalves (ambos de Aracruz).
fonte e texto: Revista Veja