Em duelo de defesas sólidas, Vasco e Corinthians não saem do zero

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Em seu terceiro confronto no ano, Vasco e Corinthians entraram em campo neste domingo, em São Januário, com retrospectos extremamente positivos de suas defesas e jogadores que já se conhecem muito bem. O empate por 0 a 0 foi um reflexo de mais um bom desempenho do setor nos dois times, apesar dos desfalques. A estatística para ambos melhorou: cariocas agora acumulam seis jogos sem sofrer gol, e os paulistas levaram dois no mesmo período.

O Vasco pode até lamentar a chance desperdiçada de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro, pois foi a 31 pontos, um a menos do que o Atlético-MG, que não atuou nesta 14ª rodada (contra o Flamengo) por causa do pedido do Botafogo de interdição do gramado do Engenhão. No entanto, correu o risco de ser derrotado, numa partida em que o Corinthians foi superior no primeiro tempo e em parte do segundo – terminando o jogo com oito finalizações, contra apenas quatro dos donos da casa.

– Acho que o Corinthians foi melhor, principalmente no primeiro tempo. Mas não saiu o gol. O campo ruim prejudicou o toque. Está de bom tamanho, sair de São Januário com um ponto é bom – afirmou o zagueiro Paulo André.

O Vasco só conseguiu equilibrar a partida depois das entradas, no segundo tempo, de Felipe (aos 15 minutos) e Tenorio (aos 25) nos lugares de Carlos Alberto e Eder Luis. Após a partida, o discurso dos jogadores era de satisfação com o ponto conquistado.

 

Foi um ponto importante, espero que no final do campeonato a gente fique feliz com ele. Poderíamos ter jogado mais, criado mais, mas jogar contra o Corinthians é sempre difícil. Por outro lado, também não levamos gols. Não é coisa do outro mundo empatar com o Corinthians – argumentou Juninho.

Os dois times voltam a jogar na próxima quarta-feira. O Vasco, que neste domingo não teve Dedé na zaga, enfrenta o Sport na Ilha do Retiro, às 19h30m (de Brasília). O Corinthians, que teve o desfalque de Chicão, pega o Atlético-GO no Pacaembu, às 20h30m.

O jogo

Desde o fim do ano passado, quando brigaram até a última rodada pelo título do Campeonato Brasileiro, Vasco e Corinthians têm feito jogos equilibrados. Foi assim no confronto pelas quartas de final da Taça Libertadores, em que houve apenas um gol em 180 minutos de bola rolando, com vantagem para os paulistas numa cabeçada de Paulinho.

A história recente do confronto estava a favor do Corinthians, que nos últimos cinco jogos contra o rival conquistara três vitórias e dois empates – além da classificação na Libertadores. Neste domingo, o começo do jogo teve o mesmo panorama, com o Vasco precisando se cuidar na defesa para não sofrer gol, mesmo jogando em casa.

Logo aos quatro minutos, o zagueiro Douglas travou Romarinho quando o atacante estava livre na grande área para finalizar. Pouco depois, Fernando Prass fez uma defesa estranha em chute de Jorge Henrique, espalmando para o lado uma bola no meio do gol. A pressão continuou e, aos 14, o goleiro do Vasco rebateu mal uma cobrança do meia Douglas, e a sobra parou nos pés de Romarinho, que chutou em cima de Douglas, mas o do Vasco.

O Vasco não conseguia se impor. O Corinthians acumulava roubadas de bola, evitando uma troca de passes mais intensa ou contra-ataques perigosos. Em jogada individual, aos 29 minutos, o time da casa enfim teve uma boa chance, com o lateral-esquerdo William Matheus passando por três marcadores antes de chutar para defesa segura de Cássio.

Mas era o Corinthians que mandava na partida. A movimentação de meias e atacantes ajudou a confundir a defesa, formada por Douglas e Fabrício – substituto de Dedé, suspenso. Em boa arrancada, aos 38 minutos, Romarinho tabelou com Danilo e chutou, mas a bola saiu fraca, defendida com facilidade por Prass.

A melhor chance do primeiro tempo aconteceu aos 44 minutos, novamente com o Corinthians. Com uma boa atuação, Jorge Henrique fez um excelente cruzamento para Douglas, que entrou livre, quase na pequena área, mas cabeceou mal, para o chão, e a bola saiu por cima do gol defendido por Prass.

A dificuldade do Vasco em se encontrar no jogo aumentou no segundo tempo. O Corinthians aumentou a pressão e começou a arriscar chutes de longa distância. Aos nove, Ralf chutou, Prass deu rebote e Jorge Henrique pegou de primeira para nova defesa do goleiro, em jogada já paralisada por impedimento do atacante do clube paulista. Em seguida, foi a vez de Romarinho chutar cruzado e obrigar Prass a se esforçar mais uma vez para evitar o gol.

A torcida do Vasco já pedia Felipe e o técnico Cristóvão Borges decidiu atender, aos 15 mi nutos do segundo tempo. Ele tirou Carlos Alberto, na tentativa de controlar mais o jogo no meio-campo. Mas quem continuou tendo chances foi o Corinthians. Aos 20, em saída errada de William Matheus, Paulinho recebeu de Jorge Henrique e chutou cruzado, para fora.

Aos 23 minutos, o técnico Tite promoveu a estreia do peruano Guerrero, que entrou no lugar de Jorge Henrique. Pouco depois, Cristóvão colocou o equatoriano Tenório, que não atuava há cinco meses, na vaga de Eder Luis. Ele até se saiu melhor do que o reforço do Corinthians, criando pelo menos duas boas chances de gol, mas não conseguiu evitar o 0 a 0 em São Januário.

 

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