A maior seca da Bahia nos últimos 40 anos atingiu em cheio a mais tradicional festa do interior da Bahia. A “Festa do Interior” de Casa Nova. Até o começo da manhã desta sexta-feira (1), era indefinida a realização ou não da festa. Depois de grande audiência pública que durou pouco mais de 03 horas, a festa neste seu 25º ano foi cancelada.
A audiência contou com a participação popular. Jovens, adultos, representantes de poderes constituídos, imprensa, em sua maioria participaram. Todos em sua maioria que se pronunciaram foram a favor do cancelamento dos festejos. Visto que a seca aflige os nordestinos, principalmente o município de Casa Nova passa por situação de emergência.
A princípio, a opinião do prefeito era que houvesse a festa e que a data fosse adiada. Mas, no final mudou sua posição quanto à realização do evento. Disse Não a realização da festa do interior de Casa Nova em 2012. Após ouvir opiniões parecidas da maioria dos presentes, todos que usaram do direito da palavra para se expressar, foram contrários a que não haja festa quando “Não se há o comemorar”. Uma vez que, sertanejo sofre com a seca que está ainda mais agravante. A falta d´água causa tristeza dos moradores que dela precisam para o consumo humano e alimentar os animais.
Investir no abastecimento de água aos moradores do interior e não realizar evento é uma prioridade, já que a falta dela traz séria consequências.
Há poucos dias, o TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) recomendou que os prefeitos das cidades castigadas pela seca evitassem despesas com os festejos. O Ministério Público também anunciou que vai fiscalizar os gastos efetuados pelas prefeituras durante o período junino
As sugestões do TCM e do Ministério Público, inclusive o promotor local, foi recebido pelo prefeito Orlando Nunes Xavier que decidiu não realizar a festa. Uma vez que ouvindo a maioria decidiu cancelar.
Das 417 cidades da Bahia, 220 decretaram estado de emergência em consequência da seca e, até agora, 209 solicitações foram homologadas pelo governo estadual. Em Uauá, uma das cidades mais atingidas pela seca, a prefeitura anunciou a realização de uma audiência pública para saber se os principais segmentos da população são favoráveis à realização da festa ou se pretendem cancelar o evento.
No ano passado, o governo investiu cerca de R$ 5 milhões na festa, apoiando cerca de 100 municípios (com cotas que variaram de R$ 30 mil a R$ 100 mil).