A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vai vender 13 dos empreendimentos que tem participação minoritária dentro de um programa de desinvestimento da estatal. No balanço da geradora, a parte da Chesf nesses negócios vale R$ 1,5 bilhão. No entanto, a empresa precisa arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões para concluir 100 obras que estão atrasadas, como informa o presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama.
Isso significa que mais empreendimentos, implantados por Sociedades de Propósitos Específicas (SPEs), nos quais a estatal tem uma participação minoritária, podem ser vendidos, mas isso ainda não está definido. Por enquanto, serão vendidos os seguintes empreendimentos com a participação da Chesf no negócio entre parêntesis: Integração Transmissora de Energia (12%), Interligação Elétrica do Madeira S.A. (24,5%), Manaus Transmissora de Energia (19,5%). Também estão na lista empresas nas quais a Chesf detém 49% de participação: Pedra Branca S.A., São Pedro do Lago, Sete Gameleiras, Baraúnas Energética, Mussambê Energética, Morro Branco I Energética, Vamcruz I Participações, Chapada do Piauí I Holding, Chapada do Piauí II Holding, Eólica Serra das Vacas Holding. A maior parte desses empreendimentos são parques eólicos.
“A nossa intenção é vender pelo melhor preço. Vamos ficar com os parques eólicos que estão em construção, como o de Pindaí, e o de Casa Nova, ambos na Bahia”, conta Sinval. No primeiro, a estatal tem um sócio com participação pequena e o segundo é quase 100% da estatal. A Chesf também tem participação em grandes hidrelétricas do Norte do País, como a de Belo Monte, no Rio Xingu, e a de Santo Antonio, no Rio Madeira. “Estamos fazendo a análise para ver se esses empreendimentos vão entrar no plano de desinvestimento ou não”, diz Sinval.